Depois de dois meses passando por um período de mudanças, estranhamentos, reencontros, desencontros e um sentimento muito forte de perda e de saudade, senti que era hora de ultrapassar isso. Era hora de encarar minha nova velha vida, encarar minha nova realidade. Era hora de ressignificar sentimentos e valores e me reencontrar neste lugar que eu me sentia perdida.
Dia 21, dois meses longe de Lisboa. Dois meses de Brasil, de Rio Grande do Sul, de Santa Cruz do Sul, de Vera Cruz, de Vila Progresso, de mãe, pai e irmãs.
Dia 22, num breve papo por mensagem de celular, comuniquei minha amiga portuguesa Vandinha: "Agora tudo vai melhorar. Eu sei que vai. Não nasci pra ficar sofrendo. O mundo me espera." Acho que foi meu primeiro pensamento positivo nestes últimos tempos.
Dia 23, início da primavera, início de um novo ciclo. O pensamento positivo surtiu efeito. Recebi a notícia de que fui selecionada para trabalhar na Ouvidoria do Hospital Santa Cruz, após passar por várias etapas. Esforços recompensados. Fiquei super feliz, pois pressinto muitas aprendizagens.
Dia 24, retornei ao grupo de jovens da minha Igreja Evangélica Luterana do Brasil, que eu sempre participe. Senti paz no coração!
Dia 25, tomei um chimarrão tão gostoso com minhas manas Lovisa e Larissa. E percebi que minhas pequenas cresceram e que temos muito mais coisas parecidas do que nós mesmo imaginamos.
Dia 26, acordei cedo. Visitei minha tia Noni, minha ex-babá mais que especial. Senti que Vila Progresso florida de orquídeas é muito mais linda. E que parte do meu coração está lá. Coração e raízes. À noite, me deparei com o livro da minha amiga Di, "Por que os homens se apaixonam por mulheres poderosas?" e me identifiquei com coisas que preciso mudar e coisas que já mudei. Amor, sexo, poder. Tanta coisa para aprender. E lembrei de uma frase que disse naquele mesmo dia para a Vandinha: "Meu coração tá fechado pra balanço. Só quero perto de mim pessoas que me fazem bem". E isso, simplesmente, justifica eu querer me afastar de certas pessoas.
Hoje, dia 27, resolvi telefonar para ele, um mineiro especial que balançou meu coração em terras distantes. E que certamente ficou com um pedacinho de mim,
E agora é isto: HORA DE ESTAR BEM!
Bom é isso, seguir em frente e ver que os caminhos percorridos valeram a pena. Que ficaram boas lembranças, pegadas e vidas marcadas.

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