A cuca mais fofa e deliciosa, era naquele forno, daquele quartinho, que ela assva.
O sonho, a goiabada, o mumu e a shimia de uva, que eu mais gostava.
Os palavrões mais engraçados, fleda, flebóide, catefa, cadelão, só ela que dizia.
Lembro quando ela chegava com um esmalte novo, com seu batom marrom ou rosa, seu pó e, claro, o sabonete Alma de Flores. Coisas de vó!
E ela costurava roupinhas para as bonecas, tricotava blusões coloridos, remendava as calças do pai, costurava um lençol novo pra mãe.
Gritava e xingava os gatos do jeito mais engraçado e corria atrás das galinhas, sem nenhum mal.
Quando ia nos visitar, a primeira coisa era comprar linguiça.
E brincava de pegar em meio a risos e gritos das netas que amavam ver a vó correndo e se divertindo.
Lembranças da infância. Da vovozinha. Da alegria do passado.
Uma vaidade e uma vitalidade que aos poucos se foram.
Vó, obrigada por ter feito parte da minha vida e por este seu jeito e gênio incomparáveis!
Vó Arminda, te amo!