Desta vez preciso falar de Alfama!
Alfama é um dos bairros típicos mais antigos de Lisboa. Com ruazinhas estreitas, longas escadarias, construções características, conservadas, e resistentes ao terremoto de 1755, que praticamente devastou Lisboa, era uma zona onde moravam muitos pescadores, afinal, ela fica à beira do Tejo.
É um ponto turísticos, onde vê-se as casas com azulejos e flores na janela, miradouros que dão à vista para o Tejo, tascas com as comidas típicas e petiscos diversos, casas de fados, igrejas, Castelo de São Jorge, o Eléctrico 28 a passar, entre outros "sítios" escondidos em meio àquelas ruelas.
Como diria Caio Fernando Abreu:
"Coisa simples é lindo. E existe muito pouco."
Muito mais do que o olhar turístico, passar pela Alfama e reparar na simplicidade da vida que se leva ali é muito mais encantador: as senhoras gritando, os velhos jogando carta na praça, o cheiro de sardinha, a cor do azulejo, as cuecas e calcinhas na sacada, os vidros quebrados, os grafites nas paredes, as lojas antigas, modernas e alternativas, as ladeiras e as escadas, as crianças jogando bola, o barulho do Eléctrico, o banco no meio da praça, as viúvas de preto, o fado ao longe, o cheiro da vizinhança, os nomes engraçados das ruas.
Amália Rodrigues já cantava:
"Na Alfama toda a gente
Traz o céu no coração
É feliz por natureza
Ninguém pede mais riqueza
Que saúde, amor e pão!"
Traz o céu no coração
É feliz por natureza
Ninguém pede mais riqueza
Que saúde, amor e pão!"
Se vier à Lisboa, não esqueça de se perder por Alfama!
É o meu simples e sincero conselho.