Ainda não comecei a contagem regressiva do meu retorno ao Brasil, mas antes de escrever este post fui obrigada a olhar o calendário. 51 dias! Em 51 dias me despeço de Lisboa, de Portugal, da Europa... me despeço de um período único, marcante, inesquecível, inexplicável e incomparável. Só eu sei o quanto fui e sou feliz aqui... mas vou na certeza que eu volto.
Epa... calma Letícia! Ainda não é hora de despedidas...
Esta pequena introdução, que já me encheu os olhos de lágrimas, foi apenas para situar as postagens que virão a seguir. Decidi escrever um pouco sobre minhas SURPRESAS EM LISBOA... já que foram tantas e que explicam um pouco do amor que sinto por este lugar.
Eu diria que foi um encontro de almas! O meu primeiro texto sobre estas surpresas fala sobre:
Encontros ao acaso?
São poucas as vezes que eu saio à rua e não encontro alguém conhecido.
Isto me surpreende. Por quê?
Sempre pensei que na capital de um estado ou país isso fosse quase impossível de acontecer. No entanto, Lisboa é isso mesmo... é a capital de Portugal, mas uma pequena capital... Todo o distrito até é grande, mais ou menos 2 500 000 habitantes... mas o concelho de Lisboa tem em torno de 600 000 habitantes. Pequena Lisboa! Por isso até entendo este fato de encontrar pessoas conhecidas em todo o canto... e isso que moro aqui a apenas 8 meses.
Nos miradouros, no Bairro Alto, em uma ruazinha qualquer, no bar, no autocarro...
Eu acho isso fantástico... sair de casa sozinha e encontrar pessoas no caminho. E então eu penso: Como é bom conhecer pessoas! Como eu gosto de conhecer pessoas! Eu quero conhecer mais pessoas!E logo percebo que conheço pessoas de todo o mundo... e que legal seria se eu saísse pelo mundo e em cada lugar que fosse, encontrasse alguém conhecido!
E por que não?
Porém... eu digo que nem sempre isso é tão bom assim!
Aconteceu de conhecer pessoas que não merecem fazer parte da minha vida.
Aconteceu de esbarrar com alguém que eu não queria mais ver.
Aconteceu de eu conhecer pessoas que falam de coisas que eu preferia não saber.
Aconteceu de eu ter que estar com alguém irritante e dispensável apenas por educação.
Aconteceu de eu ter que presenciar atitudes que me magoaram, simplesmente por eu estar na hora e no lugar errados.
Aconteceu... acontece... e continuará acontecendo, afinal sobre estas coisas não temos controle.
O título deste texto é uma pergunta.
Um pergunta de resposta pessoal... e que minha é: NÃO, NÃO SÃO ENCONTROS AO ACASO.
Eu não acredito que as coisas aconteçam por acaso, que eu conheço alguém por acaso, que eu sofro e sou feliz por acaso, que eu encontro alguém por acaso. Concordo com o grande Freud, que já dizia que nada acontece por acaso.
E por que nos encontramos?
Cada um sabe o porquê... e às vezes é só o tempo que nos revela as reais motivações e explicações dos nossos encontros.
"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."
(Charles Chaplin)
Queridos que fazem parte dos meus caminhos em Lisboa.


