31 de maio de 2011

Surpresas em Lisboa

Ainda não comecei a contagem regressiva do meu retorno ao Brasil, mas antes de  escrever este post fui obrigada a olhar o calendário. 51 dias! Em 51 dias me despeço de Lisboa, de Portugal, da Europa... me despeço de um período único, marcante, inesquecível, inexplicável e incomparável. Só eu sei o quanto fui e sou feliz aqui... mas vou na certeza que eu volto.

Epa... calma Letícia! Ainda não é hora de despedidas...

Esta pequena introdução, que já me encheu os olhos de lágrimas, foi apenas para situar as postagens que virão a seguir. Decidi escrever um pouco sobre minhas SURPRESAS EM LISBOA... já que foram tantas e que explicam um pouco do amor que sinto por este lugar.
Eu diria que foi um encontro de almas!

O meu primeiro texto sobre estas surpresas fala sobre:

Encontros ao acaso?

São poucas as vezes que eu saio à rua e não encontro alguém conhecido.
Isto me surpreende.
Por quê?
Sempre pensei que na capital de um estado ou país isso fosse quase impossível de acontecer. No entanto, Lisboa é isso mesmo... é a capital de Portugal, mas uma pequena capital... Todo o distrito até é grande, mais ou menos 2 500 000 habitantes... mas o concelho de Lisboa tem em torno de 600 000 habitantes. Pequena Lisboa! Por isso até entendo este fato de encontrar pessoas conhecidas em todo o canto... e isso que moro aqui a apenas 8 meses.
Nos miradouros, no Bairro Alto, em uma ruazinha qualquer, no bar, no autocarro...
Eu acho isso fantástico... sair de casa sozinha e encontrar pessoas no caminho. E então eu penso: Como é bom conhecer pessoas! Como eu gosto de conhecer pessoas! Eu quero conhecer mais pessoas!
E logo percebo que conheço pessoas de todo o mundo... e que legal seria se eu saísse pelo mundo e em cada lugar que fosse, encontrasse alguém conhecido!
E por que não?

Porém... eu digo que nem sempre isso é tão bom assim!
Aconteceu de conhecer pessoas que não merecem fazer parte da minha vida.
Aconteceu de esbarrar com alguém que eu não queria mais ver.
Aconteceu de eu conhecer pessoas que falam de coisas que eu preferia não saber.
Aconteceu de eu ter que estar com alguém irritante e dispensável apenas por educação.
Aconteceu de eu ter que presenciar atitudes que me magoaram, simplesmente por eu estar na hora e no lugar errados.
Aconteceu... acontece... e continuará acontecendo, afinal sobre estas coisas não temos controle.

O título deste texto é uma pergunta.
Um pergunta de resposta pessoal... e que minha é: NÃO, NÃO SÃO ENCONTROS AO ACASO.
Eu não acredito que as coisas aconteçam por acaso, que eu conheço alguém por acaso, que eu sofro e sou feliz por acaso, que eu encontro alguém por acaso. Concordo com o grande Freud, que já dizia que nada acontece por acaso.

E por que nos encontramos?
Cada um sabe o porquê... e às vezes é só o tempo que nos revela as reais motivações e explicações dos nossos encontros.


"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."
(Charles Chaplin)


Queridos que fazem parte dos meus caminhos em Lisboa.

20 de maio de 2011

Friday I'm in love


"I don't care if monday's blue
Tuesday's grey and wednesday too
Thursday I don't care about you
It's friday I'm in love

Monday you can fall apart
Tuesday, wednesday break my heart
Thursday doesn't even start
It's friday I'm in love

Saturday wait
And sunday always comes too late
But friday never hesitate..."

(The Cure)*



E chega sexta-feira...
Além de apaixonada, a sexta-feira me deixa cheia de expectativas para um fim de semana radiante, excitante, divertido...

E que venha este... cheio de surpresas e de companhias especiais!

Obrigada a todos que fazem parte não só das minhas sextas-feiras apaixonadas, mas de todos os dias da semana... de todos os dias da minha vida!


*Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=mGgMZpGYiy8&feature=relmfu

4 de maio de 2011

Depois de uma noite com amigos...

E numa noite com amigos, eu me lamentava que em breve estaria indo embora de Lisboa.
E continuava a falar que não era isso que eu queria...
E que eu sabia o quanto minha readaptação seria difícil...
E eis que minha amiga italiana Lorena Cicerale, lança, no melhor dos improvisos, aquelas palavras sábias que te tocam e te fazem pensar:

"Viver pensando no futuro, gera ansiedade...
Viver relembrando o passado, gera saudade...
Mas viver aproveitando o presente, isso traz felicidade."

A partir daquele momento pensei que já estava mais do que na hora de parar de pensar na minha volta e antecipar sentimentos que nem eu mesma sei se irei sentir.
Agora é o presente, é o tempo de felicidade. E o que eu mais quero é viver intensamente cada dia neste lugar maravilhoso, como um verdadeiro presente de Deus e fruto dos meus esforços.
A saudade e a ansiedade estão presentes, claro! Mas já não penso neles com a mesma frequência de antes. E nada como o que já dizia Antoine de Saint-Exupéry:

"Viva o hoje,
pois o ontem já se foi
e o amanhã talvez não venha."

Então é isso... sinto que meus dias estão cada vez mais belos.
Sinto que há muito por vir.
Sinto uma vontade tão grande de viver, de reviver, de ser feliz, de fazer as pessoas felizes.
Sinto que cada pessoa que passou por minha vida até aqui foi essencial e me deixou algo, por mínimo que seja, pois as pessoas me tocam... sempre... tocam minha alma e meu coração.
E sinto que aqui recuperei e reanimei grandes sonhos e desejos meus... redescobri a minha psicologia e aprendi Psicologia.
Sinto que só aprendi... aliás, não só! Também ensinei...
E com tantos sentimentos e sentidos, sei que mudei.

E assim é a vida....
Passado, presente, futuro...
Lembranças, mudanças, esperanças.



(em algum lugar da Alfama, que guarda a beleza em suas ruas, paredes, janelas, pinturas, cores, cheiros e amores)