17 de abril de 2011

Lisboa e seus Miradouros

Uma das coisas que eu mais gosto em Lisboa são os miradouros.
Ainda não conheço todos, mas aqueles que eu conheço são suficientes para defini-los como o melhor lugar para passar bons momentos.
Bons momentos de reflexão, de cabelos ao vento, de admiração da natureza, de olhar ao longe e ver um castelo, ou o Tejo, ou casinhas, ou tudo aquilo que seus olhos permitirem ver.
Se eu pudesse, todos os dias dedicaria alguns momentos à algum miradouro.
Na Wikipédia, encontrei uma lista dos miradouros de Lisboa. Em vermelho, são os que eu conheço até agora:

Miradouro da Graça
Miradouro da Rocha do Conde de Óbidos
Miradouro da Senhora do Monte
Miradouro das Portas do Sol
Miradouro de Santa Luzia
Miradouro de Santa Catarina
Miradouro de Santo Estêvão
Miradouro de São Pedro de Alcântara
Miradouro do Castelo de São Jorge
Miradouro do Torel
Miradouro dos Moinhos de Santana
Miradouro dos Montes Claros
Parque Eduardo VII
Miradouro do Monte Agudo
Miradouro do Cais das Colunas


Nos próximos meses vou conhecer os outros, certamente. E aconselho a toda a pessoa que vier a Lisboa, não perder de conhecê-los.

E esses lugares me permitem momentos que eu mais gosto... pois sou fascinada pelas simples coisas...
...os músicos com seus instrumentos, cantando e alegrando.
...os malabaristas e artistas.
...os turistas, suas poses, suas línguas, suas alegrias e fotografias.
...os pintores, suas tintas e seus retratos.
...o Eléctrico 28 no seu devagar andar.
...o barulho e o frio do vento que balança meus cabelos e desfaz qualquer penteado.
...as folhas secas do outono, os galhos do inverno e as flores coloridas da primavera.
...as casinhas da Alfama, com suas varandas, janelas, e lençóis estendidos.
...o Rio Tejo, "por onde se vai ao mundo."
...as pessoas desconhecidas que sorriem.
...os pensamentos soltos que não se permitem prender.
...os desejos e vontades que surgem no ímpeto do momento.
...as companhias que comigo estão, seja qual for.
...e tudo mais que o imprevisível permite acontecer e viver.



"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
(Fernando Pessoa)

14 de abril de 2011

"Tanto tempo faz..."

Quando as palavras não são suficientes para expressar...
Quando ninguém entender (nem eu mesma)...
Afinal, certas coisas realmente não possuem explicação... ou quem a possui, não está disposto a isso...

E então, eu prefiro usar de músicas, poemas, frases, que podem, minimamente, traduzir o que eu sinto.


"Tanto tempo faz,
que li no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão
de que já vi passar
Um ano sem te ver,
um ano sem te amar
Ao me apaixonar,
por ti não reparei
Que tu tivestes só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu..."
(Renato Russo)




Já passou mais de um ano e eu continuo sem entender... e continuo a sentir tudo da mema forma. E acho que o pior disso é a esperança que ainda me resta... uma esperança quase platônica. O fato é que se eu pudesse escolher, eu o escolheria.

E aí, só Fernando Pessoa com todo seu sentimento e sensibilidade...
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."


10 de abril de 2011

Ambivalência

“Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.”
 Clarice Lispector

Não necessariamente nessas proporções... mas com essa mesma intensidade.

E você já não sabe se é a menina ou a mulher... se o amor ou a amante.

E permanece nesta ambivalência e nesta incerteza.

E já não sabe quem é o colorido e quem é o cinza da história... 



E é aí então que eu me encontro.

(ou me desencontro?)